segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Zapping.

Ontem, deitada na cama com meu namorido, passei com os dedos nervosos, ligeiramente, por cada um dos trocentos canais da tv a cabo.

Antes de chegar no 61, que sempre é o salvador, passei os olhos em canais que vendem tapetes, gado (!?), e pelos que passam as mesmas séries de sempre. Shoptime e Bottini querendo empurrar algum eletrônico "SEN-SA-SIO-NAAAL", na people+arts algum makeover da vida, cartoon e seus padrinhos mágicos, animais procriando na Discovery, marcos mion ( pra mim nem existia mais) com o mesmo sotaque escroto e piadas mais escrotas ainda na MTV. E ainda, um canal que toca música ao mesmo tempo em que mantém na tela um chat, com torpedos enviados por telefone. "gatinha-rj, pq vc saiu? ñ ker mais tc?", e por aí vai. Deprimente.

Quase não sobrevivi ao zapping. Não virei para o lado e dormi nem desliguei a televisão um minuto depois de tê-la ligado, como ocorre quando chego ao cúmulo de ligá-la, porque estava passando um dos meus filmes favoritos.

O controle nas mãos de uma hiperativa insône é uma arma. Meu namorido, graças a Deus, não surta mais com as trocas de canal, passando quase de dois em dois. Ele me entende. Ou é isso, ou é a fofinha aqui falando nos ouvidos dele. Ele é esperto.

Esqueci de mencionar que a fofinha é meio surda e que se continuar insistindo em aumentar o volume, às duas da manhã, vai ser gentilmente e amorosamente, retirada da cama e tacada pela varanda.

Por via das dúvidas é melhor eu providenciar fones de ouvido. Logo!
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